O Orixá Iku (a morte) não existe culto direto a ele e por esta razão ele deve ser cultuado através dos mortos, masculinos ou femininos, por Orô ou Iyámi, por Egúngún ou Elerikô, o Deus que possui a função de exercer o poder da morte chama-se Iku, trata-se de uma divindade masculina, .
Afirma a tradição que Iku começou a matar depois que viu sua mãe ser espancada e morta na praça do mercado, sendo depois dominado por seus que conseguiram que ele comesse o que lhe era proibido. Quem ensinou como anular a atividade de Iku, foi sua mulher chamada Olójòngbòdú.
IKÚ E A ANCESTRALIDADE
Nos conta assim, um fragmento do verso do Odù Òyèkú Méjì: “….
Quando Ìfá falou sobre Olójòngbòdú, a mulher de Ìkú que foi chamada logo cedo pela manhã, foi perguntado o que seu marido não poderia comer, que o tornasse incapaz de matar outros filhos das pessoas?
– ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer ratos, pois se comesse, suas mãos tremeriam sem parar;
– Ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer peixe, poi se comesse, seus pés tremeriam sem parar ;
Ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer ovo de pata, pois se comesse, ele vomitaria sem parar…
” Outro método de enfraquecer a atividade de Ìkú é registrado no oráculo de Ifá, através do modo como Èsù subornou o filho de Ikú, para que este revelasse o modo como Ìkú matava, Omòikú (filhos da morte) então revela que seu pai, matava através de sua clava, tornando-se fraco sem este instrumento, o qual Èxú com a ajuda do Ijàpàá, esconde. ”
… Ijàpàá gbé òrúkú l’owó ikú…” ( o cágado retira a clava das mãos de Ikú ).
Posteriormente, Ìkú faz um pacto com Òrúnmilá, através da condição dele ajudá-lo a recobrar a sua clava; então, Orixá Ìkú só levaria antecipadamente aqueles que não se colocassem sobrê a proteção de Òrùmilá (Orunla). Outro texto do Odù Ìròsùnsè, nos conta como Orí (cabeça) e Òrùnmilá, impediram a atuação de Ìkú sobre a cabeça de alguém.