Orixá Xangô venceu a guerra, como conta a lenda que os chefes inimigos que haviam ordenado o massacre dos soldados de Xangô foram dizimados por um raio que Xangô disparou no auge da fúria.
Mas os soldados inimigos que sobreviveram foram poupados por Sangô. A partir daí, o senso de justiça de Xangô foi admirado e cantado por todos.
Através dos séculos, os orixás e os homens têm recorrido ao Orixá Xangô para resolver todo tipo de pendência, julgar as discordâncias e administrar justiça.
Xangô era filho de Oraniã. Em suas viagens, Oraniã passou por Empê, em território t Elempê, o rei, ofereceu-lhe a filha em casamento, uma princesa de nome Iamassê.
Dessa união nasceu o Orixá Xangô.
Orixá Xangô Foi Criado Na Terra De Sua Mãe.
Desde menino Shangô não escondia o temperamento forte e já comandava um exército de brinquedo.
Fazia traquinagens e amedrontava os habitantes do lugar. Crescido, Xangô partiu em busca de aventuras.
Levou consigo seu oxé, o machado de duas lâminas, e um saco de couro onde guardava seus segredos:
o poder de cuspir fogo e lançar as pedras de raio, o poder de lançar edum ará.
Xangô visitou a cidade e o povo de Cossô, mas em Kossô os habitantes não o quiseram como rei,
por causa de seu caráter intranquilo.
Magoado com a rejeição, Xangô usou de seus poderes e castigou com crueldade o povo de Cossô.
Com trovões e pedras de raio Xangô atacou a cidade e logo a população caiu a seus pés, rogando clemência:
“Kabiyesi Xangô, Kawô Kabiyesi Obá Kossô”.
“Viva Sua Majestade Xangô, Rei de Cossô.”
A cidade se rendia e a coroa lhe oferecia.
Xangô foi feito rei e realizou grandes obras.
Por seu governo justo, nunca foi esquecido o grande Obá Cossô. Todos os seus súditos o aclamavam:
“Kabiyesi Xangô, Kawô Kabiyesi Obá Kossô”.
Assim termina mais uma uma lenda onde Orixá Xangô venceu a guerra.